Andei procurando pela internet uma definição mais arrumadinha para "dinamização", mas não encontrei nada, então vou falar um pouco sobre o processo, do meu jeito mesmo e do jeito que tem sido para mim.....
Bom, a dinamização nada mais é do que soltar as hastes do ilizarov e com isso diminuir a tensão dos fios e do conjunto todo, fazendo com que a perna e o osso vão se acostumando com a idéia de viver sem o fixador.....deu pra entender? Não sei se todas as pessoas passam por essa fase, acho que tem casos onde o lizzie sai sem que seja feita a dinamização, mas chegar aqui, apesar da eventual dor é maravilhoso, um sinal de que o osso está endurecendo e se Deus quiser em breve estará ok!
Ao todo, meu ilizarov tem 8 hastes, 4 entre o 1° e o 2° anel e 4 entre o 2° e o 3° anel - na verdade o que mais tem aqui é anel, porca, pino, etc, já falei tanto em anel esses dias que estou me sentindo o próprio Frodo!! - e tem um esquema para soltá-las, fiquei um mês soltando apenas 2 e desde a semana passada fui promovida para 4.....2 em cada anel. Segundo meu doc, o próximo passo será soltar as 8 e depois.....dedos cruzados, toc toc toc, bate na madeira, lizzie free!!!
No primeiro dia foi tudo ok, sem dor nenhuma, e mesmo sem ter tirado parte alguma da gaiola, é incrível como só de soltar 4 hastes já dá uma sensação diferente na perna, juro que já parecia mais leve, parece que até a sensibilidade melhorou. Só dá um pouco de aflição essas coisas sacudindo qdo mexo a perna!!
Mas obviamente, alguma hora ia doer......e foi no segundo dia, PQP, doeu mtoooo! Fisgava nervo, puxava músculo, meu joelho até latejava, terrível. Tudo bem que eu tinha conversado com o Dr. Fabian, já sabia o que esperar, e que, mais uma vez, era normal doer um pouco, mas mesmo assim é um tanto frustrante sentir dor, principalmente numa fase onde as dores, qdo acontecem, são bem lights e administráveis. Mas mudei a combinação das hastes e agora sinto apenas umas dores bobinhas de vez em quando.....olha que beleza.....
È como eu disse pra minha amiga Lili essa semana, estou me sentindo igual à antiga goleta dela da época da facu, tudo aqui sacode e faz barulho!!!
Fui!!!
Soundtrack: "Cosy in the rocket" - Psapp
16 de ago. de 2005
7 de ago. de 2005
A quem interessar possa
Uma pessoa deixou um comentário aqui e como não havia um endereço para resposta, decidi escrevê-la aqui mesmo, peço desculpas a quem não tem nada a ver com isso e espero encerrar o assunto assim.
editando: sempre que eu achar necessário, irei deletar comentários grosseiros e/ou agressivos, principalmente quando não houver um e-mail para que eu possa respondê-los. Acho incrível uma pessoa que nunca me viu na vida perder seu tempo deixando mensagens pouco amigáveis, so, get a life!
Este blog traz minha experiência pessoal com o ilizarov, nada mais que isso; é uma página pessoal normal, sem temas impróprios como racismo, pedofilia, etc, portanto, se vc entrou aqui e não gostou do que está lendo, fique a vontade para sair, é pra isso que existe o X vermelho no canto superior da página. Não tenho a pretensão e nem vontade de ser unanimidade nacional.
É verdade que se eu estivesse numa outra situação na minha vida, as relações humanas teriam uma influência definitivamente menor, mas minha realidade atual é essa, então torno a dizer aqui, sim, as pessoas em geral possuem uma curiosidade mórbida que incomoda e chateia bastante. Mas felizmente eu não sou a única pessoa a pensar assim, já que 98% das pessoas que eu converso sobre fixadores externos, seja no Brasil como no exterior, queixam-se muito sobre isso, mais ainda do que problemas como dor. Será que eu sou a exagerada?
E finalmente, graças a Deus eu tenho uma vida fora da internet, que eu optei por preservar e raramente falo aqui no blog, portanto, é um pouco leviano questionar qual é o meu posicionamento sobre a vida e quais atitudes eu tomo ou deixo de tomar, só sei que eu coloco a cabeça no travesseiro todas as noites e durmo tranquilamente, só não durmo melhor porque o ilizarov não deixa.....
Infelizmente, estou com o braço quebrado desde o acidente, ainda esperando por uma cirurgia, e isso limita bastante minha mobilidade, mas não pretendo ser para a sempre a "garota que sofreu o acidente", quando esse pesadelo terminar, quero viver minha vida em sua plenitude ou da forma que me for permitido, mas terei certeza de que encarei todo esse período da melhor maneira que eu pude. De cabeça erguida. Com o apoio das pessoas que realmente importam pra mim e com Deus no coração.
Nem metade das pessoas que eu conheço encarariam tudo isso sem surtar. Não me arrependo nem um segundo de usar o ilizarov, agradeço a Deus por ter tido essa chance e faria tudo de novo, sem pensar duas vezes.
Repito mais uma vez aqui, para que não restem dúvidas, eu não me importo nem um pouco de conversar tudo o que eu sei sobre ilizarov com pessoas que usam, usaram ou querem usá-lo, mas realmente, responder à um bombardeio de perguntas e comentários de uma pessoa que não tem o mínimo interesse no assunto e que em menos de um dia já terá se esquecido de tudo ou usará seu exemplo para alimentar o próprio ego, ninguém merece. E eu muito menos.
editando: esqueci de um detalhe importante, nunca falei aqui em situação nenhuma que acho as pessoas burras, talvez possamos classificar assim quem lê o que eu escrevo e não entende nada; também não são as coisas corriqueiras do dia-a-dia que me irritam, como por exemplo perguntas banais do tipo "ah, isso dói?", mas sim, coisas totalmente fora de questão, como uma pessoa da família que durante uma visita vem com conversas do tipo: "nossa, conheço várias pessoas que usaram ilizarov, sofreram anos e no fim perderam a perna". Não entendo esse tipo de comportamento mórbido, que não acrescenta nada à recuperação de uma pessoa, e para mim, significa falta de educação, de respeito, de noção e grosseria, na melhor das hipóteses. Cada doença e problema tem sua importância e gravidade, garanto que ninguém faria uma pergunta do tipo " qto tempo vc tem de vida", à um paciente terminal, principalmente durante um "chá das cinco". Assim sendo, se eu estou na minha casa e uma pessoa que mal conheço e não tenho intimidade se acha no direito de soltar pérolas como: "nossa, vc é tão nova e está assim, né, seu médico acha que vc pode andar de novo"?, eu tenho total direito de afirmar que no mínimo essa pessoa é de uma grosseria ímpar. Essa é minha opinião, e não vou mudá-la. E é só isso.
Obrigada a todos que estiveram do meu lado, principalmente nestes 2 anos de luta, eu não conseguiria sem o apoio de vcs. Que Deus os abençoe.
editando: sempre que eu achar necessário, irei deletar comentários grosseiros e/ou agressivos, principalmente quando não houver um e-mail para que eu possa respondê-los. Acho incrível uma pessoa que nunca me viu na vida perder seu tempo deixando mensagens pouco amigáveis, so, get a life!
Este blog traz minha experiência pessoal com o ilizarov, nada mais que isso; é uma página pessoal normal, sem temas impróprios como racismo, pedofilia, etc, portanto, se vc entrou aqui e não gostou do que está lendo, fique a vontade para sair, é pra isso que existe o X vermelho no canto superior da página. Não tenho a pretensão e nem vontade de ser unanimidade nacional.
É verdade que se eu estivesse numa outra situação na minha vida, as relações humanas teriam uma influência definitivamente menor, mas minha realidade atual é essa, então torno a dizer aqui, sim, as pessoas em geral possuem uma curiosidade mórbida que incomoda e chateia bastante. Mas felizmente eu não sou a única pessoa a pensar assim, já que 98% das pessoas que eu converso sobre fixadores externos, seja no Brasil como no exterior, queixam-se muito sobre isso, mais ainda do que problemas como dor. Será que eu sou a exagerada?
E finalmente, graças a Deus eu tenho uma vida fora da internet, que eu optei por preservar e raramente falo aqui no blog, portanto, é um pouco leviano questionar qual é o meu posicionamento sobre a vida e quais atitudes eu tomo ou deixo de tomar, só sei que eu coloco a cabeça no travesseiro todas as noites e durmo tranquilamente, só não durmo melhor porque o ilizarov não deixa.....
Infelizmente, estou com o braço quebrado desde o acidente, ainda esperando por uma cirurgia, e isso limita bastante minha mobilidade, mas não pretendo ser para a sempre a "garota que sofreu o acidente", quando esse pesadelo terminar, quero viver minha vida em sua plenitude ou da forma que me for permitido, mas terei certeza de que encarei todo esse período da melhor maneira que eu pude. De cabeça erguida. Com o apoio das pessoas que realmente importam pra mim e com Deus no coração.
Nem metade das pessoas que eu conheço encarariam tudo isso sem surtar. Não me arrependo nem um segundo de usar o ilizarov, agradeço a Deus por ter tido essa chance e faria tudo de novo, sem pensar duas vezes.
Repito mais uma vez aqui, para que não restem dúvidas, eu não me importo nem um pouco de conversar tudo o que eu sei sobre ilizarov com pessoas que usam, usaram ou querem usá-lo, mas realmente, responder à um bombardeio de perguntas e comentários de uma pessoa que não tem o mínimo interesse no assunto e que em menos de um dia já terá se esquecido de tudo ou usará seu exemplo para alimentar o próprio ego, ninguém merece. E eu muito menos.
editando: esqueci de um detalhe importante, nunca falei aqui em situação nenhuma que acho as pessoas burras, talvez possamos classificar assim quem lê o que eu escrevo e não entende nada; também não são as coisas corriqueiras do dia-a-dia que me irritam, como por exemplo perguntas banais do tipo "ah, isso dói?", mas sim, coisas totalmente fora de questão, como uma pessoa da família que durante uma visita vem com conversas do tipo: "nossa, conheço várias pessoas que usaram ilizarov, sofreram anos e no fim perderam a perna". Não entendo esse tipo de comportamento mórbido, que não acrescenta nada à recuperação de uma pessoa, e para mim, significa falta de educação, de respeito, de noção e grosseria, na melhor das hipóteses. Cada doença e problema tem sua importância e gravidade, garanto que ninguém faria uma pergunta do tipo " qto tempo vc tem de vida", à um paciente terminal, principalmente durante um "chá das cinco". Assim sendo, se eu estou na minha casa e uma pessoa que mal conheço e não tenho intimidade se acha no direito de soltar pérolas como: "nossa, vc é tão nova e está assim, né, seu médico acha que vc pode andar de novo"?, eu tenho total direito de afirmar que no mínimo essa pessoa é de uma grosseria ímpar. Essa é minha opinião, e não vou mudá-la. E é só isso.
Obrigada a todos que estiveram do meu lado, principalmente nestes 2 anos de luta, eu não conseguiria sem o apoio de vcs. Que Deus os abençoe.
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