6 de abr. de 2005

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa


Fazia séculos que eu não lia essa poesia e ontem, passeando pelo Orkut, encontrei-a no perfil de um querido amigo, o Bigu.
E nada, simplesmente me recordo de inúmeras coisas. Ainda na minha adolescência, li o livro A marca de uma lágrima, do Pedro Bandeira, e neste livro, num determinado momento, aparece essa poesia....uma coisa leva à outra e fui atrás da obra do Fernando Pessoa....
Agradeço muito à minha mãe, que sempre me incentivou a ler livros, e graças a Deus minha escola também incentivava muito o hábito da leitura.
Hoje, eu não vivo sem um livro...costumo dizer que leio tudo o que cai na minha mão, até folheto de supermercado....e no momento, isso tem sido uma ótima fonte de lazer pra mim, não sei como tem gente que não curte ler! Recentemente, voltei de uma viagem a Paris e Londres, graças ao "Código da Vinci"....só Deus sabe pra onde eu vou no próximo livro!!!


Fui!!


Soundtrack:
"My immortal" - Evanescense
...these wounds won´t seem to heal this pain is just too real there´s just too much that time cannot erase....

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